Por Elenilda Rocha
Um destemido e austero antigo cavaleiro que «entrou em carreira de morte» para o mundo.
Um homem – católico, íntegro – comprometido com a salvação de sua alma, inquieto com o sentido de sua existência.
Que se sinta atraído de modo singular pelo absoluto e pelo eterno.
Que não condicione a sua busca pela santidade e perfeição a mil vicissitudes (trabalho, estudo, lazer, diversão, prazer, conveniência, etc), mas que seja o resultado de uma decisão resoluta e de uma vontade perseverante capaz de impregnar a sua vida temporal com os valores do Evangelho da Vida.
Que tenha coragem para assumir com generosidade as renúncias em busca da Bem-aventurança Eterna.
Que esteja alegremente disposto a fazer todos os sacrifícios necessários para amar corretamente.
Que não tenha receio de percorrer o caminho duro e áspero que conduz à Vida.
Que se interrogue dia e noite sobre a vontade de Deus em cada mínima ação.
Que medite a Palavra de Deus.
Em suma, que não permita entreatos na sua busca pela santidade e perfeição.
Ele poderá ser um homem sem instrução, desde que busque em tudo agradar somente a Deus. Poderá ser um homem letrado também, ele só terá que ter aquela “simplicidade que, através dos bens passageiros e de todas as criaturas, somente a Deus vê e procura” – S. Francisco de Assis.
Afinal, não é preciso ser considerado aos olhos do mundo, ser bem-sucedido, para levar uma vida agradável a Deus; nem ser tido como sábio, para conhecer a vontade dEle. A única coisa necessária é amar a Deus e em tudo cumprir com a sua amorosa vontade. É sob essa condição que alcançamos a perfeição.
Além disso, ele deverá te escolher, te amar sem interesse, perceber-se venturoso por te ter como esposa.
Acreditando nesta realidade: “Na graça de Cristo que renova o seu coração, o homem e a mulher tornam-se capazes de se libertar do pecado e de conhecer a alegria do dom recíproco” (Bento XVI).
Por fim, cuide, em primeiro lugar, da sua própria perfeição e o seu coração será alegria, satisfação e compensação para o seu esposo!